sábado, 16 de junho de 2012

O início das novas anotações


      Acho que posso dividir minha vida como leitor em três momentos. Ou melhor, em três momentos e meio.
     No princípio das Eras, eu era a típica criança leitora de quadrinhos do Mickey e Tio Patinhas. Era uma leitura simples e de certo modo divertida. Gastava meu rico dinheirinho em novas revistinhas, mas comecei a me preocupar seriamente com o fato de que elas simplesmente acabavam muito rapidamente. E uma vez morando em Maranguape, não existiam muitas opções a disposição nas bancas de revista da cidade. Num primeiro momento restava a opção de reler tudo aquilo, mas depois, sinceramente, era altamente tedioso fazer aquilo depois de decorar cada fala e a disposição dos balões em cada página.  Este foi meu primeiro momento como leitor. O que poderia chamar de "Fogo em Magnésio Metálico" - Intenso e pouco duradouro. 
     Já dentro do esquema do 1° Grau, a cada semestre pingava um livro para-didático. E tome a coleção Vaga-Lume e depois os clássicos da literatura: Senhora, O Ateneu, O Garimpeiro ou mesmo El Cid. Era a fase como leitor por obrigação. O peso de preencher a famigerada ficha de leitura. A nota bimestral. Pouco aproveitei deste período.
     Em 2001 entrei na minha atual fase de leitor. Já com 23 anos de idade, tendo tido contato com a literatura técnico-acadêmica, passei a buscar em novos livros, o espaço de entretenimento que em muitas pessoas é totalmente preenchido por jogos eletrônicos ou redes sociais. Àquele tempo, eu não tinha estes recursos de diversão e precisava da leitura por conta do fácil acesso e companhia em minhas intermináveis viagens de ônibus entre Maranguape e Fortaleza. 
     Foi a oportunidade para colocar a mina mente científica para relaxar um pouco. Obviamente não aboli meu senso de criticidade ou mesmo de ceticismo, mas tanto tempo afastado da música e da fotografia estava me deixando um pouco mais frio e distante em relação ao meu padrão de sociabilidade. 
     A retomada aconteceu quando entrei na "vibe" do Stephen King. Devorava os livros em poucos dias, mas acabava buscando sempre novos alimentos da mesma fonte. Foi verdadeiramente uma saturação. 
      Cansei! Parei!    
    Quando dividi em três momentos e meio para falar sobre minha relação com a leitura foi justamente porque após a "stephenkingzação" dos meus conceitos literários houve uma gradual mas, contínua, libertação e equalização de meus interesses.
    Hoje não possuo nenhuma Biblioteca nível 4, mas tenho adquirido sempre novas aquisições para preencher meu tempo já bastante preenchido e fico muito satisfeito em poder visualizar os livros de uma forma muito mais vertical do que no início de minha carreira como leitor.
     Aqui, neste blog reativado, farei algumas anotações sobre o que percebo sobre principalmente livros. Neste primeiro momento não tenho um gênero literário específico para tratar. Aqui poderemos encontrar a resenha de um livro técnico ou a análise de um a personagem de José de Alencar.
      Estas são as primeiras anotações do Bardo. Rascunho de canções que espero cantar por muitas luas. 

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