sábado, 27 de fevereiro de 2010

Cada um no seu quadrado.


A primeira semana no curso de Filosofia foi interessante e estranha ao mesmo tempo. Foi interessante pela simples e complexa novidade que foi a volta as aulas. Foi estranha pelo mesmo motivo.
A segunda-feira trouxe uma realidade dura e diferente do que a maioria de nós, alunos, havíamos cosntruído para todo o período do curso. E digo isto com a certeza de quem fez investigações suficientes para chegar a esta conclusão.
Através de diversas perguntas que discretamente fui dirigindo aos demais alunos, fui gerando uma idéia do que seria comum as percepções de todos.
Houve grande dificuldade de obter respostas. Muitos diziam que ainda era cedo para se ter uma opinião sobre as aulas, professores, conteúdo... Mas achava que algum parecer deveria existir. Senão na segunda, que pudessem dizer algo na quinta então. Mas pouco eu aproveitei.
Ao longo da semana algumas discussões surgiram, mas notei que alguns professores andavam meio reticentes em desenvolver os temas. Isto seria bem porque na Filosofia é muito mais fácil achar que se entende algo. Dificilmente isto ocorre num curso de Cálculo. Quando nos metemos num curso de engenharia ou matemática dificilmente surge uma discussão sobre a "verdade" dos conceitos apresentados. Aceitamos cegamente o que é passado. E esta "verdade" é um poder do professor. Na Filosofia é mais fácil que surja a contestação, claro que algumas vezes fruto da ignorância outras da arrogância. Aqui, a "verdade" é poder do filósofo que estamos lendo. O professor fica na posição de veículo daquela idéia.
Pois é, como disse, achei que alguns professores estavam meio que pisando no freio. Talvez poupando-nos de uma morte rápida.
Por isso foi um início interessante e estranho.
Creio que existiriam outros adjetivos mas não estes dois são suficientes para um post despretencioso como este.

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